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UMA HISTÓRIA DO CINEMA

Atualizado: 8 de fev.

A primeira exibição de um filme de curta duração aconteceu no Salão "Grand Café", em Paris, em 28 de Dezembro de 1895. O filme exibido foi "La Sortie de l'usine Lumière à Lyon", com a ajuda do aparelho "cinematógrafo", inventado pelos irmãos Lumière.

O cinema, a partir da fotografia, baseia-se em projecções de imagens animadas, tendo como base a chamada "persistência da retina".


"La sortie de l'usine Lumière à Lyon"


CINEMA MUDO

Até 1920 não foi possível conjugar a imagem com o som, pelo que durante quase 30 anos, os filmes eram mudos, sendo acompanhados, geralmente, por música ao vivo.

George Méliès, ilusionista francês, filmou "Le voyage dans la lune".


Nas imagens: a câmara dos Irmãos Lumière; Viagem à Lua; A Quimera do Ouro (Chaplin)


Foi nos EUA que surgiram os grandes autores desta época: Charles Chaplin (o popular Charlot), que sendo Inglês se estabeleceu nos EUA em 1910; Buster Keaton (Pamplinas) e David Griffith.


Charles Chaplin

Nascido em 1889, Chaplin era filho de artistas modestos e, após a separação dos pais, entrou para um orfanato. Com 19 anos começou a trabalhar em "variedades" como mímico. Foi em "tourné" aos Estados Unidos, em 1910, e por lá ficou como actor da Keystone. Em 1915 produziu a comédia "O vagabundo", criando a famosa personagem de "Charlot".



Principais filmes realizados:

- The Kid, em 1921;

- The Gold Rush, em 1925;

- The Circus, em 1928;

- City Lights, em 1931;

- Modern Times, em 1936;

- The Great Dictator, em 1940 (o primeiro filme falado de Chaplin);

- Monsieur Verdoux, em 1947;

- Luzes da Ribalta, em 1952;

- Um Rei em Nova York, em 1957;

- A Condessa de Hong Kong, em 1967.


Imagens dos filmes: "Tempos Modernos"; "o Circo" e "O Grande Ditador".


Buster Keaton

Tal como Chaplin, Keaton nascido em 1895, começou no mundo da vaudeville. Iniciou a carreira artística aos quatro anos, com os pais, formando os três Keaton. Tornou-se especialista em quedas acrobáticas, arte que aproveitou para muitas cenas nos seus filmes.

A sua película mais famosa é "A General" de 1926, onde Keaton mostra o seu gosto pelos combóios. Em 1928 realiza "The Cameraman", onde interpreta o papel de fotógrafo, transformado em cineasta.

Keaton não acompanha o cinema falado, e após um divórcio complicado entra em decadência, tornando-se alcoólico.



Imagens de Buster Keaton; "The General"e "The Cameraman"


Superando o problema do álcool, ainda foi contratado pela MGM e pela Columbia Pictures, até aparecer no filme "Luzes da Ribalta" com Chaplin.

Principais filmes:

- The Playhouse, 1920

- My Wife's Relations, 1922

- Three Ages, 1923

- The Navigator, 1924

- The General, 1926

- The Cameraman, 1928

- The Gold Ghost, 1934

- Limelight, 1953 (com Chaplin).


David W. Griffith

Destaca-se, sobtretudo, com os filmes "Nascimento de uma Nação" e "Intolerance". Se o primeiro causou grande polémica por glorificar a escravatura, a segregação racial e a "Ku Klux Klan", "Intolerance" é considerado um dos grandes filmes do cinema mudo. David Griffith nasceu em 1875 e faleceu em Hollywood em 1948; realizou inúmeras curtas metragens e em 1914 começou com as longas metragens. Em 1915 filmou "O Nascimento de uma Nação", sobre a Guerra Civil e em 1916, "Intolerance".



Outras grande-metragens:

-The great love (1918);

-O lírio quebrado (1919);

-Way down east (1920);

-America (1924)



Na cinematografia da URSS, Serguei Eisenstein será o mais importante realizador no cinema mudo. Apresenta três filmes muito importantes - "O Couraçado Potemkin", no qual conta a revolta dos marinheiros russos contra as péssimas condições de higiene e alimentação a bordo do couraçado; "A Greve" e "Outubro". "O Couraçado Potemkine" é considerado um dos melhores filmes de sempre.

Eisenstein nasceu em Riga, em 1898 e faleceu em Moscovo, em 1948. Notabilizou-se pelos seus conceitos de cinema (de vanguarda). Participou na Revolução de 1917, mas teve bastantes atritos com o regime de Estaline. Foi convidado para Hollywood, mas ràpidamente regressou à Rússia, onde filmou "Que viva México"






Na Alemanha, destacam-se "O Gabinete do Dr. Caligari" de Robert Wiene; "Nosferatu" de F. Murnau e "Metrópolis" de Fritz Lang.

Em Espanha surge Luis Bunuel com "Un perro andaluz" e na Dinamarca Carl Dreyer com "A paixão de Joana d'Arc".


Nas figuras: "O Gabinete do Dr. Caligari"; "Un chien andaluz" e "A Paixão de Joana d'Arc".



O CINEMA MUDO EM PORTUGAL

O cinema português inicia-se com Aurélio da Paz dos Reis, que realiza "A saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança", em 1896. É uma réplica do filme dos irmãos Lumière.



Na história do Cinema Mudo em Portugal, surgem duas empresas - a "Invicta Filme", no Porto e a "Portugália Filme" em Lisboa. A "Invicta" contrata George Pallu que realiza "A Rosa do Adro", em 1919, entre outros. A "Portugália" produz "Os Crimes de Diogo Alves", em1911, realizado por João Tavares.



Entretanto, George Pallu filma para a "Invicta" "O Primo Basílio", em 1922 e Rino Lupo dirige "Os lobos" (1923) e "José do Telhado" (1929).



Filmagens de "Os Lobos" de Rino Lupo.



Após a construção de um Estúdio em Lisboa, no Lumiar, o qual dará origem à Tobis, surge Leitão de Barros que realiza, em 1929, "Praia de Pescadores" recorrendo a pescadores e gente do povo. Continua a filmar e em 1930 dirige "Lisboa, Crónica Anedótica" e "Maria do Mar". Finalmente, em 1931, Leitão de Barros faz o primeiro filme sonoro português: "A Severa".





O CINEMA SONORO

A Indústria cinematográfica inicia-se, nos EUA, com a criação da "Warner Brothers", sendo "The Jazz Singer" o primeiro filme sonoro da história do cinema.



Como curiosidade, refira-se que o actor Al Jolson, personagem principal, que representava um negro, era branco e foi pintado, por questões racistas.



Em finais de 1929, o cinema americano (Hollywood), já era quase todo falado. Nos outros países a transição foi mais lenta, destacando-se o primeiro filme inglês falado - "Blackmail" de Alfred Hitchcock.


ANOS 30

A utilização do som trouxe uma diversificação de géneros, surgindo os filmes históricos, os filmes de gangsters e os filmes de ficção científica. Nesta década salientem-se "Cleóptra" de 1934; "Drácula" e "Frakenstein" (com Boris Karloff), ambos de1931. Nos EUA, em 1939, surge "Gone with the wind", realizado por Victor Fleming e interpretado por Vivien Leigh e Clark Gable.


Entretanto, em Itália e por ordem de Musssolini é criada a "Cinecittà", em 1937.


ANOS 40

Em plena Segunda Guerra Mundial surgiram vários filmes sobre o tema. Um dos mais interessante é "Casablanca" de 1943, realizado por Michael Curtiz e interpretado por Ingrid Bergman e Humphrey Bogart. Em 1941, Orson Welles havia realizado "Citizan Kane", considerado por muitos, como o melhor filme de sempre. Frank Capra realiza "It's a wonderful life".



Entretanto, em Itália surge o neorealismo, reacção ao cinema fascista de Mussolini, com os filmes "Roma, Cidade Aberta", realizado em1945 por Roberto Rosselini e "Ladrões de Bicicletas" de Vittorio de Sica (1948).




Nos Estados Unidos, em 1940, John Ford realiza "As Vinhas da Ira", com Henry Fonda, em que retrata as dificuldades de milhares de americanos nos finais do anos 30, seguindo-se

"O Vale era Verde" com Maureen O'Hara. Em 1943, Ernest Lubitsch filma "O Céu pode esperar", comédia romântica, com Gene Tierney. Otto Preminger filma "Laura", em 1944 interpretado, também, por Gene Tierney, relato de uma investigação criminal.



Imagens dos filmes atrás referidos.


O FILM-NOIR

Originado por uma expressão francesa que se aplica aos filmes policiais, teve o seu apogeu nos Estados Unidos entre os anos de 1940-1958. Històricamente, foram filmados em preto e branco, sob a influência do expressionismo alemão. As décadas de 40 e 50 foram o "período" clássico do film noir. Segundo alguns historiadores, "Stranger on the Third Floor" (1940) de Boris Ingster terá sido o primeiro e"Touch of Evil"(1958) de Orson Welles seria o último dos genuinos film noir.

Habitualmente, os filmes giravam à volta de uma bad girl , sendo os outros protagonistas alienados e/ou moralmente ambíguos, normalmente violentos e corruptos.

Principais filmes:

- The Maltese Falcon (1941) de John Houston

- Laura (1944) de Otto Preminger

- Gilda (1946) de Charles Vidor

- The Lady from Shanghai (1947) de Orson Welles

-The Third Man (1949) de Carol Reed

- Sunset Boulvard (1950) de Billy Wilder

- The night of the Hunter (1955) de Charles Laughton

- Touch of Evil (1958) de Orson Welles.


Imagens dos filmes: "Maltese Falcon"; "A Dama de Shangai" e "Gilda"

Imagens dos filmes "A noite do caçador"; "O terceiro homem"; "Sunset Boulevard"


ANOS 50

Surgem nesta década vários realizadores japoneses, com excelentes filmes: Akira Kurosawa e "Os Sete Samurais"; Kenji Mizoguchi com "Contos da Lua Vaga" e Yasujiro Ozu com "Viagem a Tóquio".



Nos EUA, Billy Wilder filma "Some like it Hot" com Marilyn Monroe (1959) e Alfred Hitchcok realiza "Vertigo", interpretado por James Stewart e Kim Novak.



Em 1957, Ingmar Bergman, sueco, apresenta "O Sétimo Sêlo", "Morangos Silvestres"e "Sonata de Outono".



Na cinematografia indiana, um dos seus maiores expoentes - Satyajit Ray, nascido em Calcutá em 1921, apresenta a sua primeira obra - "Pather Panchali" em 1955, seguindo-se"Chunibala Devi", "Jalsaghar" e "Apar Sansar".




Finalmente, no fim dos anos 50 surge a "Nouvelle Vague", destacando-se Claude Chabrol, Jean-Luc Godart e François Truffaut.




O CINEMA em PORTUGAL nos ANOS 30, 40 e 50

A iniciar a década de 30, Leitão de Barros apresenta um filme de humor - "Lisboa, Crónica Anedótica" e um drama - "Maria do Mar".

Constroem-se em Lisboa os estúdio da Tobis e começa uma nova era no cinema português. Surgem novos nomes, quer a nível de autores quer de actores. Mas há, também, a política salazarista e a censura.


Estúdios da Tobis, no Lumiar


Em 1931, Manuel de Oliveira filma "Douro Faina Fluvial", documentário sobre o Rio Douro, considerado um marco no cinema português.


António Lopes Ribeiro torna-se a voz cinéfila de Salazar; os actores vêm da revista: Beatriz Costa, António Silva, Maria Matos, Vasco Santana.

Os filmes vão surgindo - "A Canção de Lisboa" de Cottineli Telmo (1933); "Gado Bravo" de António Lopes Ribeiro (1934); "As Pupilas do Senhor Reitor"(1935) e "Maria Papoila"(1937), ambos de Leitão de Barros; e em 1939 estreia-se "A Aldeia da Roupa Branca" de Chianca de Garcia.

No início dos anos 40, surgem dois filmes dos irmãos Ribeiro - "O Pai Tirano"(1941) de António Lopes Ribeiro e "O Pátio das Cantigas" (1942) de Ribeirinho. De uma outra linha, Manoel de Oliveira apresenta "Aniki-Bobô", em 1942; Leitão de Barros filma "Ala-Arriba", também de 1942. Para o grande público, Arthur Duarte filma "O Costa do Castelo"(1943) e "A Menina da Rádio"(1944). Finalmente, o mesmo Arthur Duarte realiza "O Leão da Estrela".




Os anos 50 não trazem grandes novidades, à excepção de Manuel Guimarães que filma "Saltimbancos" (1951), "Nazaré" (1952) e "A costureirinha da Sé", com alguns laivos de neo-realismo. Outros filmes da época: "Frei Luís de Sousa"(1950) de António Lopes Ribeiro; "Sonhar é fácil"(1951) de Perdigão Queiroga; "Chaimite" (1953) de Jorge Brum do Canto;"O Dinheiro dos Pobres" de Artur Semedo; "Vidas sem Rumo" (1956) de Manuel Guimarães e "A Luz vem do Alto" (1959) de Henrique Campos.


Imagens de "Chaimite" e "Saltimbancos"

Imagens de "Saltimbancos" e "Nazaré"


A NOUVELLE VAGUE

A "Nouvelle Vague"foi um movimento artístico de cinema francês que se insere nas contestações dos anos sessenta. Grande parte dos cineastas deste movimento eram críticos de cinema que trabalhavam na revista "Cahiers du Cinéma". Os filmes mais influentes desta "Nouvelle Vague" são: "Hiroshima meu amor" de Alain Resnais (1959);" Les quatre cents coups"(1952) e "Jules et Jim"(1962), ambos de François Truffaut e ainda "À Bout de Souffle"(1960), "Pierrot le fou" e "Le Mépris"(1963), todos de Jean-Luc Godart. Como autores deste movimento, há ainda a citar: Agnès Varda com "Cléo das 5 às 7", Jacques Rivett "L'Amour Fou" e Eric Rhomer "Le genou de Claire".


Imagens dos filmes "Hiroshima meu amor" e "Jules e Jim"


Imagens dos filmes "Pierrot le fou", "Cléo das 5 às 7" e "O Acossado"



Imagens dos filmes "Les quatre cents coups", "Le genou de Claire" e "Le Mépris"


A NOVA HOLLYWOOD

A "Nova Hollywood", também chamada "American New Wave", designa um movimento cinematográfico, o qual renovou significativamente a produção e a estética daquela indústria americana. O cinema autoral da "Nova Hollywood" inspirou-se no cinema europeu da "Nouvelle Vague", impulsionado por uma geração de novos cineastas, formados em Escolas de Cinema: John Cassavetes, Arthur Penn, Robert Aldrich, Sam Peckinpah, Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Peter Bogdanovich, Michael Cimino, Paul Schrader, George Lucas, Steven Spielberg e Brian de Palma. É usual atribuir ao filme "Bonnie and Clyde" de Arthur Pen, realizado em 1967, o início deste movimento.

Alguns filmes desta "New Wave":

  • "Bonnie and Clyde"(1967), de Arthur Penn

  • "The Graduate"(1967), de Mike Nichols

  • "The Dirty Dozen"(1967) de Robert Aldrich


"2001, Odisseia no Espaço"(1968), Stanley Kubrik

"Rosemary's Baby"(1968), de Roman Polanski

"Easy Rider" (1969) de Denis Hooper



  • "Midnight Cowboy" (1969) de John Schlesinger

  • "The Wild Bunch"(1969) de Sam Peckinpah

  • "A Clockwork Orange"(1971) de Stanley Kubrick


  • "Straw Dogs"(1971) de Sam Peckinpah

  • "Cabaret"(1972) de Bob Fosse

  • "The Godfather"(1972) de Francis Ford Coppola




  • "Last Tango in Paris"(1972) de Bernardo Bertolucci

  • "American Graffiti"(1973) de George Lucas

  • "Chinatown"(1974) de Roman Polanski


  • "One Flew over the Cuckoo's Nest"(1975) de Milos Forman

  • "Jaws"(1975) de Steven Spilberg

  • "Taxi Driver"(1976) de Martin Scorsese




  • "Annie Hall"(1977) de Woody Allen

  • "All that Jazz"(1979) de Bob Fosse


  • "Apocalypse Now"(1979) de Francis Ford Coppola

  • "Manhattan" (1979) de Woody Allen




O CINEMA NOVO PORTUGUÊS

Inspirando-se na "Nouvelle Vague" francesa e no "Neorealismo" italiano, o Cinema Novo Português é um movimento vanguardista que rompe com a ideologia vigente, nos anos 60. O Centro Português de Cinema, apoiado pela Fundação Gulbenkian e primeira cooperativa de cinema em Portugal, foi a bolsa que permitiu aos mais jovens aventurarem-se na nova vaga. O "núcleo duro" era constituído por António da Cunha Teles (produção), Paulo Rocha, José Fonseca e Costa e Fernando Lopes (realizadores), tendo sido Paulo Rocha o primeiro a avançar, com os "Verdes Anos".

Principais obras:

- Dom Roberto (1962) de J. Ernesto de Sousa

- Os Verdes Anos (1963) de Paulo Rocha

- Belarmino (1964) de Fernando Lopes



- Domingo à Tarde (1965) de António de Macedo

- Mudar de Vida (1966) de Paulo Rocha

- O Cerco (1970) de António da Cunha Telles




- Pedro Só (1970) de Alfredo Tropa

- Uma Abelha na Chuva (1971) de Fernando Lopes

- O Recado (1972) de José Fonseca e Costa




Em 1971, Manoel de Oliveira reinicia os seus trabalhos com "O Passado e o Presente":




Outros trabalhos:


- A Promessa (1972) de António de Macedo

- Perdido por Cem (1973) de António Pedro Vasconcelos

- Sofia ou a Educação Sexual (1973) de Eduardo Geada




- Fragmentos de um Filme Esmola, a Sagrada Família (1973) de João César Monteiro

- O Mal-Amado (1973) de Fernando Matos Silva

- Brandos Costumes (1974) de Alberto Seixas Santos




Os filmes do "Novo Cinema", no entanto, quase não tinham público. É o 25 de Abril que lhe dá um novo fôlego. Com a criação da Escola de Cinema do Conservatório, o Instituto Português de Cinema, a RTP e a Tóbis, o cinema novo renasce.

Principais obras:

- As Horas de Maria (!976) de António de Macedo

- Nós por Cá Todos Bem (1976) de Fernando Lopes

- Trás-os-Montes (1976) de António Reis e Margarida Cordeiro





- Veredas (1977) de João César Monteiro

-Os Demónios de Alcácer Quibir (1977) de José Fonseca e Costa

- Verde por Fora, Vermelho por Dentro (1980) de Ricardo Costa





OS ANOS 80 (Ainda em Portugal)

Nesta década, em grande parte fruto do 25 de Abril, verifica-se um grande volume de produções, revelando novos autores. Surgem Luís Filipe Rocha com "Cerro Maior", Jorge Silva Melo com "Passagem ou A Meio Caminho", "Manhã Submersa" de Lauro António, "A Culpa" de António Vitorino de Almeida, Ricardo Costa com "Verde por Fora, Vermelho por Dentro", "Oxalá" de António Pedro Vascocelos - primeiro filme produzido por Paulo Branco.





Nos anos seguintes assiste-se à intervenção de cineastas mais jovens (Escolas de Cinema), a aposta de Paulo Branco na distribuição e produção, bem como às obras de Manoel de Oliveira, tornado cineasta oficial e a realizar um filme por ano. Nos novos nomes saliente-se João Botelho com a sua "Conversa Acabada".

Em 1981, Manoel de Oliveira ("Francisca") e João César Monteiro ("Silvestre") ganham diversos prémios e vão ao Festival de Veneza.

A década de oitenta tem vários sucessos de bilheteira: "O Lugar do Morto" de António Pedro Vasconcelos e "Kilas, o Mau da Fita" de José Fonseca e Costa, são dois exemplos.

Em 1985 é atribuído a Manoel de Oliveira um "Leão de Ouro" no Festival de Veneza, pelo seu filme "O Sapato de Cetim" e em 1989 é João César Monteiro que ganha um "Leão de Prata" pelo seu "Recordações da Casa Amarela".




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