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A QUÍMICA FOTOGRÁFICA

Estudo da câmara estenopeica (vulgo pinhole), a partir da qual se podem efectuar fotografias analógicas e revelar negativos em papel.


Câmara escura, princípio da pinhole


A câmara pinhole

O funcionamento da câmara é idêntico ao da câmara escura, sendo que a luz captada para dentro da câmara sofre um movimento de inversão e a imagem é projectada - invertida - na parede oposta ao orifício de entrada (onde é colocado papel fotográfico). Para se obter uma imagem nítida, a abertura deve ter um furo pequeno (< 0,5 mm).

As câmaras pinhole necessitam de um tempo de exposição elevado (pequena abertura, sem lentes, sensibilidade baixa do material sensível).


Formação da imagem no papel fotográfico

O papel fotográfico (e também o filme) é revestido por sais constituídos por moléculas de brometo de prata (AgBr). Estes sais, chamados halóides, não se conseguem vêr a olho nu. Quando são sensibilizados pela luz, reagem, registando uma imagem latente, invisível, no papel. Para que a imagem seja visível, tem de ser revelada.



Imagens (negativos) obtidos com uma caixa (câmara estenopeica)


O Laboratório (Revelação)

A revelação deve ser executada numa câmara escura, apenas com uma luz vermelha de segurança. No processo de revelação usam-se três produtos - líquido revelador (R), líquido de paragem (S) e fixador (F). Para cada líquido devem usar-se tinas e pegadores diferentes e as tinas devem colocar-se pela ordem indicada. O papel fotográfico deve ser sempre manuseado com os pegadores.


Conjunto das três tinas, com duas fotografias em revelação. Luz vermelha de protecção.


Teoria da Imagem Latente

A matéria fotosensível de uma placa fotográfica, é uma mistura heterogénea formada por uma dispersão de cristais muito finos de brometo de prata em gelatina -o gelatinabrometo de prata. É ele que constitui a emulsão fotográfica.

Os cristais de brometo de prata, de dimensões micoscópicas, são precipitados numa solução quente de gelatina, por adição de nitrato de prata a um excesso de brometo potássico gelatinizado:

NO3Ag + KBr = AgBr + NO3K

Este precipitado experimenta uma maturação pelo calor, o que provoca o crescimento dos cristais, o que os torna mais sensíveis à luz.



Cristais de brometo de prata



A Revelação

O revelador tem a função de reagir quìmicamente com os sais de prata do papel fotográfico. Ao processar-se a reacção química, a fotografia vai surgindo no papel. O tempo desta fase deve ser de 2 a 4 minutos.


O Líquido de Paragem (Stop)

Passado o tempo de revelação, interrompe-se a reacção passando a fotografia para o banho de paragem. Esta fase deverá durar entre 30 a 60 segundos.


O Fixador

O fixador tem a função de dissolver os sais de prata do papel fotográfico que não foram sensibilizados. Caso contrário e em contacto com a luz, iriam reagir e continuariam a escurecer o papel fotográfico. Esta fase deve durar entre 4 e 7 minutos.


A Lavagem

A lavagem do papel em água corrente elimina os subprodutos da reacção química. Esta fase, que já pode ser efectuada com luz branca, deve durar entre 4 e 5 minutos. A seguir as fotografias devem ser penduradas a secar.


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